08.10.2012
Identidade e liderança brasileiras são destaques na 12ª Feira de Gestão da FAE
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Evento tradicional na área da educação reuniu mais de 10 mil pessoas, durante três dias, na FAE Centro Universitário.
A 12ª Feira de Gestão contou com a presença do ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, do apresentador de televisão Serginho Groisman e da ex-diretora de Comércio Exterior da Alpargatas S/A, Ângela Hirata. Cada convidado ministrou uma palestra e motivou o público a ter uma visão crítica a respeito dos aspectos educacionais, culturais e econômicos brasileiros.
De acordo com o reitor da FAE Centro Universitário, Frei Nelson José Hillesheim, a Feira de Gestão contribui, a cada nova edição, com a construção de uma sociedade transformadora. “A nossa missão institucional é criar oportunidades de ampliar a sensibilidade crítica das pessoas, para que, desta forma, seja possível fazer uma leitura ampla da realidade brasileira, principalmente na educação, que é um dos principais pilares sociais”, afirmou.
No primeiro dia do encontro, a consultora Ângela Hirata demonstrou como é possível adaptar um produto para o mercado estrangeiro e torná-lo referência, sem perder as características nacionais. A executiva utilizou como exemplo o case das Havaianas, um produto brasileiro que atualmente está presente em 60 países e que leva a “marca Brasil” para o mundo. “É necessário acreditar no produto e ter a sensibilidade de extrair seus valores”, defendeu.
A valorização da cultura brasileira foi destaque em todas as palestras. Serginho Groisman, que falou ao público no segundo dia do evento, não fugiu à regra. O jornalista lembrou que o Brasil precisa de pessoas mais críticas e que saibam escolher melhor as fontes de informação, dando uma maior preferência à leitura que, segundo ele, é o meio que vai ajudar a transformar o País, além de optar por melhores programas televisivos. “As pessoas assistem televisão demais, sem selecionar o que veem. É preciso escolher melhor e não dar audiência para programas ruins, que ferem a dignidade humana”, disse.
Gilberto Gil encerrou a 12ª Feira de Gestão desafiando os espectadores à fazerem uma avaliação crítica do sistema educacional brasileiro. Gil defendeu que “domesticar a classe trabalhadora não é educar”, e que o ensino no Brasil continua “uma linha de produção de mão de obra para o mercado de trabalho”, desde a época da ditadura militar.
O cantor também apontou ações que podem contribuir para reverter o quadro atual do ensino brasileiro. Uma das propostas seria um novo modelo de educação pública, voltada à revolução cultural e não apenas à melhora da renda. Gilberto Gil disse ainda que, a exemplo da Feira de Gestão, é preciso produzir debates mais amplos e com maior frequência a respeito do papel da educação e da cultural na construção da identidade brasileira. “Nos anos 70, tínhamos ideias confusas, mas ideais claros, e sempre desejamos e acreditamos que poderíamos mudar o mundo”, finalizou.
O evento contou com transmissão simultânea para a comunidade acadêmica da FAE Blumenau.
Valor brasileiro
Empresas que valorizam as características brasileiras em seus produtos também tiveram a oportunidade de apresentar as novidades do mercado em dezesseis estandes espalhados pela praça de exposições. Três deles foram destinados ao Banco HSBC (patrocinador master), Sistema Fecomércio (patrocinador) e marca Havaianas, da Alpargatas S/A, apoiadora do encontro.
As outras instituições parceiras do evento que promoveram atividades culturais foram: Instituto História Viva; Mostra Sons do Brasil; Editora InVerso; Lace Language Center; E-leeze Bicicletas Elétricas; Viva Esporte Academia; Valor Brasil; Praia Secreta; Cold Stone; Importadora Cantu; Águas Ouro Fino, com a marca Insano; Due Arquitetura e Interiores; e jornal Gazeta do Povo.
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