03.05.2019

Liderança pode ser aprendida?


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Ao longo dos anos, é possível perceber uma evolução nos conceitos básicos sobre o que significa liderança.
Ao longo dos anos, é possível perceber uma evolução nos conceitos básicos sobre o que significa liderança.
Um acesso ao Google trará milhares de exemplos relativos ao tema “liderança”. Poderíamos, por exemplo, estratificá-la a partir de qualidades (comunicação, responsabilidade, confiança), estilos (liberal, carismático, democrático), objetivos (poder, gestão, mudança, heroísmo, controle), pontos de vista (seguidores, ambiente, comunidade), momento histórico, diferenças (regiões geográficas, regiões políticas, gênero, idade) e, ainda, teorias, entre elas: transformacional, comportamental, transacional, conversacional, contingencial, situacional e humanitária.

Sendo assim, a definição sobre o que é ou o que não é liderança está diretamente ligada a uma série de fatores que nos leva a uma das mais importantes questões filosóficas a respeito: liderança pode ser ensinada? Aprendida? Medida?

Ao longo dos anos, é possível perceber uma evolução nos conceitos básicos sobre o que significava liderança em cada época, trazendo diferentes respostas a esse questionamento − da genética à análise comportamental.

Hoje em dia, em meio a grandes transformações, avanços incríveis nas esferas do relacionamento humano dentro e fora das organizações, à revolução 4.0 e ao crescente domínio das tecnologias digitais, qual seria a liderança capaz de ser entendida, aceita e praticada? E dentro de alguns anos, que nível de liderança será capaz de manter a influência sobre as pessoas?

Vivemos numa era em que a globalização dos conceitos de liderança nos conduzem cada vez mais para a valorização da integridade e do caráter dos líderes, revisitando o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, visando ajustar o foco no sentido de liderar pessoas em tempos de grandes e velozes mudanças. Nesse contexto, liderança é sobre ter um objetivo, uma visão. É influenciar o comportamento humano para realizar esse objetivo. É ter e fazer autorreflexão e autoconsciência, saber comunicar com clareza sua paixão por valores e missão de vida, habilitando e encorajando outros a fazer o mesmo.

Se liderança é influência, a responsabilidade de um líder ultrapassa em muito situações que podem ser mensuradas por qualquer ciência aplicada. Liderança é uma ciência absoluta e nosso papel como líderes está vinculado ao simples fato de existirmos. Nossa responsabilidade com o legado está nas ações cotidianas que fazemos, onde quer que estejamos, aonde quer que estejamos nos dirigindo, acompanhados seja lá de quem for.

A liderança do futuro está baseada no desenho de um novo ser: visionário, presente, autêntico e autoconfiante para os desafios complexos e globais que estão diante de nós. Precisamos de líderes identificados com um legado válido, consistente e ajustado aos mais sólidos valores de caráter e integridade, trabalhando por um mundo melhor!

Para isso, é importante desenvolver a autoconfiança a partir do reconhecimento do valor próprio e da eliminação de barreiras ou crenças limitantes, conduzindo para o sucesso pessoal e profissional. É o que ocorre no módulo Designing You, que leciono no curso de MBA Executivo em Gestão Empresarial da FAE Business School, onde é elevada a capacidade de realização de cada participante, com a identificação de recursos pessoais e caminhos para o aumento da produtividade individual e organizacional. Com isso, torna-se possível discutir assuntos que são imprescindíveis para a formação de líderes contemporâneos e, assim, complementar a sua formação.

Por Deni Belotti – professor da FAE Business School


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