23.10.2017

Comércio exterior brasileiro: recuperação e oportunidades


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Cursos da FAE promoveram palestras sobre o tema
Cursos da FAE promoveram palestras sobre o tema
Na última quarta-feira (18), o mestre em Gestão de Negócios e professor da FAE Business School, Gilmar Mendes Lourenço, ministrou a palestra “Comércio Exterior Brasileiro - Recuperação e Oportunidades diante do Cenário Econômico e Político para 2018”. O evento foi promovido pelo curso de Ciências Econômicas e pela pós em Negócios Internacionais da FAE.

Confira, na íntegra, o comentário do especialista sobre o tema:

“O objetivo da palestra foi apresentar uma avaliação das chances de o comércio exterior vir a representar um elemento de superação da conjuntura de estagnação, vivida pela economia brasileira, depois do escape do profundo pântano recessivo, no qual ficou atolada por aproximadamente três anos.

Os sinais de recuperação dos negócios no país, precisamente a partir do segundo trimestre do corrente ano, começaram a ser emitidos ainda em 2016, com o avanço das exportações, fruto da reação generalizada da economia global.

A via de mão dupla das relações internacionais ensejou acréscimos de 14,1%, 4,6%, 42,0% e 10%, das exportações, importações, saldo da balança comercial e corrente de comércio do país, em doze meses findos em agosto de 2017, reflexo do encaixe na curva virtuosa global e da ainda frágil retomada da expansão endógena.

Mesmo assim, parece prematura a feitura de prognósticos mais otimistas acerca da perpetuação do desempenho positivo do setor externo brasileiro e, mais ainda, do diagnóstico desde poder constituir a arma secreta para a fuga da recessão. Isso porque a performance favorável está ligada essencialmente à emergência de fatores transitórios, que podem desaparecer de forma tão rápida e surpreendente como surgiram, especialmente se forem consideradas as nada desprezíveis apreciáveis barreiras made in Brazil.

Pelo ângulo das exportações, é fácil perceber a natureza pouco diversificada da pauta de produtos e de pontos de destino. Quase dois terços do valor das vendas internacionais do país correspondem a itens básicos e semielaborados, com menor capacidade de agregação de valor, vis a vis os manufaturados, com preponderância dos complexos soja, carnes e mineral. Mais de um terço do valor contratado é endereçado à Ásia, 19% à União Europeia, 16% à América do Sul e 15% à América do Norte, tendo como principais pontos de compra China (24,3%), Estados Unidos (12,1%) e Argentina (7,8%).

No tocante às importações, também há apreciável concentração de pauta e origem dos produtos. Dois terços do montante comprado equivalem a bens intermediários, com destaque para insumos industriais elaborados (37,6%) e peças e acessórios para máquinas e equipamentos (12,2%), reflexo da agudização do processo de desindustrialização, produzido por essas paragens nas últimas três décadas.

O revigoramento estrutural do comércio externo brasileiro exige a superação de vários obstáculos, dentre os quais se destacam a ausência de uma política comercial, as adversidades macroeconômicas, a excessiva burocracia, a elevada carga tributária, a ausência da internacionalização como estratégia das empresas e a falta de uma cultura exportadora.

É na busca de otimização das oportunidades e de eliminação daquelas ameaças que os cursos de negócios internacionais da FAE, tanto na graduação quanto na pós, trabalham para a formação dos futuros profissionais.”



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