ESG é tema de aula gratuita na próxima segunda-feira (07)
Um dos grandes desafios das organizações será a pauta no dia 7 de agosto, às 18h20, no auditório da FAE Business School
Depois de o tema “sustentabilidade” tomar conta da agenda das organizações, agora as ações de ESG – que significa, em inglês, environmental, social, and corporate governance – estão presentes nas mesas de debate no ambiente corporativo. Mais do que uma estratégia com foco em lucratividade, a agenda de práticas ambientais, sociais e de governança deve ser vista, segundo especialistas, como algo que gera valor dentro da empresa e de extrema importância para o desenvolvimento dos negócios.
Para debater e aprofundar o tema, a FAE Business School em Curitiba (PR) promove aula aberta e gratuita sobre essa estratégia de negócios na próxima segunda-feira, 7 de agosto, às 18h20.
Os palestrantes serão Graziela Pontes, professora da FAE e especialista em Responsabilidade Social Empresarial, e Marcel Fukayama, professor da FAE, cofundador do Sistema B Brasil, administrador e cofundador da Din4mo (cujo objetivo é fortalecer empreendedores que resolvem problemas sociais e desenvolver estruturas inovadoras que mobilizam capital para impacto positivo).
Um estudo da Delloite revelou que 74% das empresas esperavam aumentar o orçamento de ESG até 2022 e 75% delas já tinham a estratégia alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU nesse mesmo ano. Para Graziela Pontes, as corporações já estão entendendo que a gestão ESG gera valor. “Traz retornos positivos, não só financeiros, mas também de imagem”, afirma. A transparência é uma das características fundamentais para o bom desempenho das empresas, já que os consumidores estão cada vez mais atentos ao impacto das marcas. “A sociedade cobra essas ações. A relação com investidores, stakeholders, tem de ser transparente”, complementa Graziela.
A pesquisa da Delloite também revelou que os consumidores buscam, cada vez mais, divulgações claras, transparentes, consistentes e confiáveis. Ainda de acordo com o estudo, 86% das empresas participantes acreditam que gerar indicadores não financeiros ajuda a transparência com o público, 65% julgam que isso eleva a confiabilidade e 49% consideram que a adoção desses indicadores amplia a garantia de que os investidores honrem os compromissos firmados.
Para Marcel Fukayama, uma empresa que implementa ESG sai da lógica de mitigação de impacto negativo e entra na lógica de compensação, de neutralização. “A agenda ESG traz uma mudança de paradigma econômico. Os investidores já estão olhando para esse risco socioambiental e para o impacto disso, não apenas para o lucro”, completa.
O palestrante cita ainda outros dois pontos que fazem com que as empresas busquem se alinhar ao ESG, além da preocupação dos consumidores: até 2025, 77% dos millennials (nascidos entre 1981 e 1995) vão se preocupar com o impacto positivo na cadeia de valor das empresas em que estão inseridos e não apenas com o retorno financeiro. O mesmo se verifica em relação aos investidores. “Eles buscam essa gestão de risco socioambiental, a geração de valores, tudo que vai além de apenas lucrar”, diz o especialista.
Carreiras
Todo esse cenário tem impactado as carreiras e criado novas oportunidades de atuação. “Quem quer atuar nessa área tem de ter visão holística, pois é uma área transversal, que conversa com todas as outras.
O profissional precisa ter visão estratégica do negócio”, analisa Graziela. Mas, para a professora, ainda é preciso desenvolver algumas competências. Uma delas é a resiliência. Na avaliação de Marcel Fukuyama, ainda existe uma lacuna profissional na área de ESG. “Há uma enorme demanda por instrumentalização e criação dessa cultura. Há oportunidades universitárias, mas o currículo central ainda precisa se adaptar, pois segue formando profissionais com foco no lucro das empresas”, afirma.
Dificuldades
Para Graziela, entre as dificuldades para a aplicação da agenda ESG está a legislação – ela acredita que normativas e políticas públicas precisam avançar. Na opinião de Marcel Fukuyama, existem o desafio estrutural (falta às empresas enxergar as ações como valor, e não como custo), o desafio cultural (é preciso sair do posicionamento e ir para a prática a fim de gerar resultados) e o desafio global (padronizar as métricas). “Em relação aos dados, é preciso avançar na comparação e na verificação”, afirma.
SERVIÇO
Aula aberta: ESG como estratégia de negócios
Quando: 7 de agosto
Horário: 18h20
Onde: Auditório da FAE Business School, em Curitiba (PR)
Endereço: Av. Visconde de Guarapuava, 3263, Centro
Investimento: aula gratuita
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