11.03.2020

Os melhores líderes são os melhores alunos


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Artigo redigido por professor do curso "A estreia do líder" ensina que somos o que estamos dispostos a aprender
Artigo redigido por professor do curso "A estreia do líder" ensina que somos o que estamos dispostos a aprender
Por Paulo Vieira Campos*, professor do curso "A Estreia do Líder"

Liderança, como toda competência que vale a pena ser adquirida, pode ser aprendida – e precisa ser praticada. Liderança é um padrão observável de comportamentos e um conjunto definido de habilidades e competências.

A liderança pode ser desenvolvida de maneiras diferentes. Certos estilos contribuem para uma melhor eficácia em algumas práticas, mas não existe apenas um estilo ótimo para aprender a liderar. O mais importante é a intensidade e o envolvimento da pessoa com o estilo que funciona bem para ela. Você tem consciência sobre a sua maneira preferida de aprender?

Por outro lado, só o talento bruto não é tudo para alguém se tornar um líder de alta performance. Talento não é a chave que liberta a excelência. A persistência supera o talento. O que realmente separa as pessoas com performance de expert das que atingem performance adequada são as horas de prática.

A paixão aperfeiçoa! Para dominar algo, é preciso um desejo intenso de chegar à excelência, uma crença inabalável de que se podem aprender novas habilidades e competências e é preciso estar disposto a devotar-se ao aprendizado contínuo e à pratica deliberada.

São necessárias 10.000 horas de prática por um período de 10 anos. Isso significa cerca de 2 horas e 42 minutos por dia, todos os dias, por 10 anos!

A aprendizagem está no interesse e o interesse está em quem quer aprender. Quando começamos a aprender algo, percorremos um caminho que parte da incompetência rumo à competência. Muitas vezes, não temos a mínima ideia sobre “como fazer” e, conforme nosso desenvolvimento progride, passamos pela fase da “plena consciência no fazer”. Já quando atingimos a excelência na atividade, alcançamos o nível de “fazer sem pensar”. Podemos, então, dividir o processo de aprendizagem em quatro fases:

Fase 1 – Incompetência Inconsciente
Eu não sei que não sei. Nessa fase, ser incompetente é algo que não nos incomoda, já que a atividade não é significativa e nem necessária.

Fase 2 – Incompetência Consciente
Agora eu sei que não sei. Ter a plena noção de que não sabemos algo é o primeiro passo. Não é um caminho fácil e algumas pessoas desistem logo que percebem a complexidade da tarefa ou do conceito. Nessa fase, é preciso ter a coragem de enfrentar a dúvida, de aproveitar o erro como lição e, principalmente, transformar esse desejo de aprender em vontade de fazer. Um professor ou alguém com experiência no assunto pode ser de grande valia para a troca de experiências e motivação.

Fase 3 – Competência Consciente
Finalmente eu sei que sei. Nessa fase, existe a sensação de que alcançamos um domínio na atividade que garante uma execução eficiente. Aqui, é fundamental manter o foco no ensaiar, no treinar ou na repetição. Quanto mais treino, mais sorte tenho. Um fator determinante na evolução do aprendizado nessa fase é a sensação de prazer na execução da tarefa, pois, assim, a busca da excelência é um caminho possível de ser atingido. O que não deu certo pode ser só uma etapa de aprendizagem para o que ainda está por vir.

Fase 4 – Competência Inconsciente
Não sei o quanto eu sei. Alguns estudiosos chamam essa fase de fluxo. É quando temos um desempenho estável e quase perfeito em uma determinada atividade. Nossa concentração, excelência e virtuosismo estão de mãos dadas, e temos a sensação de não perceber o tempo passar nem nos sentimos cansados devido à tarefa. O próximo passo é começar a aprender algo novo. E voltamos à fase 1...

Quando for aprender algo novo, tenha noção do esforço e da dedicação necessárias para passar pela fase 2 e chegar à fase 3. Comemore seus erros, registre seus acertos e, principalmente, mantenha a disciplina. O processo de ensino-aprendizagem deve ser algo prazeroso e que nos desperte a vontade de continuar. Viver é um processo de aprendizagem eterno...


Aqui vai uma Dicaduka: a aprendizagem é a jornada de uma vida que nos permite permanecer abertos às oportunidades. Transforme o seu local de trabalho em um campo de treino prático, faça de cada experiência uma oportunidade de crescimento. Na verdade, os melhores líderes são os melhores alunos.

Mochila nas costas e até a próxima trilha!

*Paulo Vieira de Campos possui 26 anos de experiência com Recursos Humanos e é professor do curso executivo de curta duração “A estreia do líder”, que será realizado na FAE Business School. Saiba mais sobre o curso.


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