26.04.2019
Cenário internacional é favorável a pequenas e médias empresas
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Entenda o que mudou na área de negócios internacionais
“Esta ausência das PMEs na participação das exportações brasileiras significa que há um grande espaço de mercado para crescer e prosperar, um mundo novo para conquistar, com criatividade, ousadia e competência”, conta Antoninho Caron, especialista em internacionalização de empresas, conselheiro da FIEP e ACP nos Conselhos de Pequenas e Médias Empresas e Comércio Internacional e Relações Econômicas Internacionais, além de professor da FAE Business School. Mas, antes de conquistar o mercado externo, é importante entender as causas desse hiato. De acordo com professor Caron, são diversos os motivos:
- Falta de conhecimento em exportação/importação.
- Falta de experiência.
- Receio dos riscos.
- Não conhecimento ou falta de exploração dos atuais benefícios fiscais e/ou financiamentos.
Profissional com Inteligência Comercial
Nesse vasto campo de oportunidades, o perfil do profissional deve ser de uma pessoa com capacidade de gerir negócios em âmbito internacional, ou seja, além das fronteiras do próprio país. Para isso são necessários sólidos conhecimentos na área de administração com ênfase em negociação, marketing, logística, custos, comércio exterior, além de economia e direito.
“Mas esses conhecimentos devem estar voltados ao mercado internacional, o que torna a compreensão dessas áreas muito mais complexa. Adicionalmente, devem-se considerar as diferenças culturais, cambiais e o domínio de outros idiomas (no mínimo inglês e espanhol) sendo esses os elementos primordiais para a atuação como negociador internacional”, conta a professora Andrea Cunha, doutora em Engenharia da Produção, com ênfase em Políticas e Estratégias Empresariais e coordenadora da pós-graduação em Negócios Internacionais da FAE Business School. A professora destaca ainda a Inteligência Comercial como vantagem competitiva. “A Inteligência Comercial é o processo de planejamento, coleta de dados, tratamento e análise de informações para a tomada de decisão estratégica que norteará a empresa na prospecção de mercados; na identificação de fraquezas e forças dos concorrentes e da própria empresa; na compreensão de oportunidades de novos negócios com base na satisfação das necessidades dos clientes atuais ou potenciais”, afirma Andrea. Ela aponta o aprendizado dos alunos com ferramentas como o Euromonitor e o ITC (International Trade Centre – Trade and Marketing Intelligence) – provedores globais de inteligência estratégica –, análises de comércio, economia, finanças, como diferenciais. “Em sala de aula, também propomos experiências planejadas para o desenvolvimento do profissional, tutoreadas por professores que atuam no mercado de trabalho”, completa.
Centro de Internacionalização de Empresas
Com o objetivo de aproximar alunos do mercado de trabalho, a FAE criou o Centro de Internacionalização de Empresas (CIE). A iniciativa aproxima a academia da sociedade e ajuda no desenvolvimento de pequenas e médias empresas por meio de um mapeamento, onde são realizados questionamentos sobre o cotidiano do empresário e feita uma análise mais eficaz sobre o que a empresa realmente necessita.
Num segundo momento, essas necessidades são adaptadas a demandas e ao foco desejado de cada empresa. “É no CIE, também, que acontecem reuniões com as empresas para feedback, realização de feiras e seminários voltados à promoção do comércio exterior para as pequenas e médias empresas, cursos de capacitação referentes a importação e exportação, abordagem de demandas específicas de comércio exterior, tais como legislação, tributação e logística internacional”, conta o professor Jorge Wilson, coordenador do curso de Negócios Internacionais da FAE Centro Universitário e do CIE.
Futuro Promissor
Apesar das dificuldades burocráticas e falta de incentivo do governo, as novas gerações que estão alcançando a gestão dos negócios sonham e desejam conquistar o mercado internacional para ampliar negócios, produção, empregos e lucros. “Os espaços para alianças, cooperações financeiras, tecnológicas, de divisão de risco, de acesso a novos mercados são os desafios para empresas brasileiras em articulação e cooperação com empresas de outros países. Trata-se de conquistas a serem feitas em parceria e alianças, em causas e negócios compartilhados. Não basta ser bom, é preciso estar entre os bons”, avalia o professor Caron.
Para os especialistas, o futuro é muito promissor, desde que os profissionais ou empresários de pequenas empresas se capacitem e capacitem as pessoas que vão atuar conjuntamente nas suas empresas por meio de cursos especializados. “Dessa forma, poderão tornar a sua entrada no mercado internacional algo planejado e consciente, minimizando os riscos envolvidos no processo e aumentando significativamente as oportunidades de ganhos comerciais, que são ilimitadas na área internacional. Contudo, para aqueles que se aventurarem de forma infundada, a experiência de atuação no âmbito internacional pode se tornar efêmera e dolorosa”, finaliza a professora Andrea.
Esse conteúdo foi publicado no Carreira e Futuro, do G1 Paraná.
Imagem: Unsplash
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