Ficar descontente com a área de atuação ou mesmo com o trabalho é algo que acontece com diversos profissionais. Essa insatisfação no trabalho interfere diretamente na produtividade e, até mesmo, na qualidade de vida do colaborador.
Além disso, esse descontentamento é responsável pelo índice de rotatividade de funcionários em uma empresa. Vale lembrar que, hoje em dia, a questão salarial não é o único fator decisivo para alguém estar ou não satisfeito com o trabalho.
Em primeiro lugar, é importante saber diferenciar o descontentamento com a profissão e o descontentamento com a atividade que exerce ou empresa em que atua no momento. Nesse sentido, para ajudar você a diferenciar essas duas questões e também para saber como agir, separamos alguns pontos importantes que devem ser avaliados.
Principais causas da insatisfação no trabalho
Uma pesquisa nacional divulgada pela Folha de São Paulo mostrou que 27,8% dos brasileiros estão insatisfeitos com o trabalho. Entre esse grupo, sete motivos se destacam como causas dessa insatisfação. Entender o que está causando esse descontentamento é necessário, inclusive, para identificar se isso tem relação com o emprego atual ou a profissão. Além disso, é possível pensar em estratégias para lidar com esse sentimento.
Listamos algumas das principais causas dessa insatisfação no trabalho:
Baixa remuneração
Este é, de longe, o principal motivo de insatisfação no trabalho. De acordo com a pesquisa, 64,2% das pessoas atribuem a frustração à baixa remuneração. Essa questão pode estar relacionada a diversos fatores, como tempo de atuação na área, faixa salarial da profissão, a empresa em que trabalha, entre outras questões.
Quantidade de benefícios
Em segundo lugar, a falta de benefícios é motivo de incômodo para 43% dos trabalhadores entrevistados. Esse tópico está muito ligado à qualidade de vida das pessoas que trabalham em uma empresa e, por isso, ter poucos ou nenhum benefício é a razão para muitos profissionais ficarem desmotivados.
Trabalho temporário
A insegurança do trabalho temporário ocupa o terceiro lugar desse ranking. Com a popularização do regime informal de trabalho, o quesito estabilidade é prejudicado. Segundo a pesquisa, 23,7% dos profissionais sofrem com essa questão.
Trabalhar menos
Ter pouca atividade também pode desmotivar um profissional. Cerca de 22,9% dos entrevistados afirmam que uma das causas da insatisfação é trabalhar menos do que gostaria.
Carga horária elevada
Em contrapartida, 21,4% das pessoas entrevistadas afirmaram que a insatisfação está relacionada à carga excessiva de trabalho. O excesso de trabalho pode ser entendido como número de horas e também como número de atividades exercidas.
Deslocamento entre a casa e o trabalho
Desde a popularização do home office, a distância entre casa e trabalho tem se tornado um problema cada vez maior. Além dela, as horas perdidas no deslocamento é o que faz muitos profissionais buscarem por empresas que oferecem a opção de trabalho remoto ou híbrido.
Risco no trabalho
Esse tópico está relacionado principalmente a algumas profissões ou ocupações específicas, sendo motivo de insatisfação para 5,7% dos entrevistados. Um exemplo disso são as atividades relacionadas à área da saúde, em especial durante o período de pandemia. Esse risco pode ser observado também na profissão de bombeiro, policial etc.
Sinais da insatisfação no trabalho
Além dos motivos apresentados anteriormente, outros fatores podem gerar descontentamento. Falta de reconhecimento, má gestão, falta de feedback e, até mesmo, fatores externos podem gerar essa insatisfação. Por isso, é muito importante saber identificar esse sentimento.
- Desânimo para ir trabalhar;
- Relacionamento ruim com os colegas de trabalho;
- Pouca produtividade;
- Faltas injustificadas;
- Alto nível de estresse;
- Pressa para ir embora.
É claro que é normal ter algum desses “sintomas” esporadicamente, mas, se essas situações são frequentes, é provável que você esteja infeliz com seu trabalho. Nesse momento, é preciso avaliar se esse sentimento está relacionado ao lugar ou à profissão.
Para entender isso, é importante listar os sinais que estão se apresentando e também os motivos que identificar. Uma mentoria profissional é muito bem-vinda nesse caso, além de cursos para testar novos conhecimentos e áreas.
O que fazer sobre a insatisfação no trabalho?
Digamos que você já avaliou esses pontos e realmente identificou que está desmotivado. O que fazer depois disso? Afinal, ficar na mesma não é uma opção para quem deseja construir uma carreira relevante. A consultora de carreira e docente do módulo Sprint de Carreira da FAE Business School, Elaine Pacheco, tem algumas orientações que vão ajudar nessa fase.
Planeje estrategicamente
Nesse ponto, definir estratégias é um passo importante depois de entender as causas da insatisfação. Nesse sentido, pode ser que você deseje uma promoção, mudar de empresa, trocar de profissão ou apenas resolver um desentendimento. Para tanto, é preciso planejar. Isso vai ajudar a resolver ou então a lidar com o problema.
Desenvolver um plano de carreira é outra estratégia que também ajuda a traçar uma trajetória para a realização profissional. Além disso, uma lista de passos é uma forma prática e inteligente de solucionar a insatisfação e passar para uma nova fase profissional.
Olhe para o financeiro
A questão financeira é muito importante e deve ser observada cuidadosamente. Afinal, os ganhos financeiros conquistados por meio do trabalho servem tanto para bancar gastos mensais como para realizar objetivos e anseios pessoais. Por isso, é importante considerar quanto você ganha, quanto poderá ganhar na empresa onde trabalha ou em alguma área em que deseja entrar.
Identifique seus pontos fortes
Saber o que você gosta de fazer e o que faz bem é essencial para alcançar a realização profissional. Então, você também deve descobrir novas habilidades, seja na sua área de atuação ou uma diferente. Afinal, isso pode abrir portas para novas oportunidades.
Avalie a possibilidade de uma mudança de carreira
A transição de carreira é uma opção que você deve avaliar, caso sua insatisfação seja com sua área. Existe alguma outra profissão que gostaria de explorar? Ela precisa de um conhecimento técnico ou teórico? Dependendo da área, não é necessário fazer uma nova graduação, mas sim cursos e especializações. Ou seja, a atualização dos conhecimentos e do currículo é indispensável nesse processo.
Ative seu networking
Converse com outras pessoas e ative seu networking para entender como está o mercado nesse momento. “Muitas vezes estamos insatisfeitos com a nossa carreira e o nosso trabalho, mas não estamos olhando para o mercado e, quando olhamos, passamos a enxergar e dar valor ao que estamos vivendo”, aconselha a especialista.
Por isso, converse com outros profissionais e estude o cenário para então entender quais passos podem ser dados para melhorar a carreira.
Invista em conhecimento
Por fim, a aprendizagem contínua faz parte da construção da trajetória profissional. Ou seja, adquirir novos conhecimentos vai ajudar a manter você atualizado sobre o mercado e renovar sua visão sobre a área.
Os cursos de especialização e MBA são voltados para o desenvolvimento integral dos profissionais. Nesse sentido, vale destacar que a FAE Business School é reconhecida como uma das principais escolas corporativas do país e conta com duas modalidades de pós-graduação: cursos de MBA Executivo e cursos de especialização nas áreas de Business, Educação, Saúde e Direito.
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