04.04.2016

Engenharia na prática: curso da FAE promove corrida de ratoeiras


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Projeto dos calouros é laboratório para o mercado de trabalho
Projeto dos calouros é laboratório para o mercado de trabalho
Juliana Harumi Umezaki, 17 anos, é caloura do curso de Engenharia Mecânica da FAE Centro Universitário e se prepara para colocar à prova o seu mais recente projeto acadêmico: um pequeno carro experimental impulsionado por uma ratoeira. É o segundo turno das aulas noturnas de sexta-feira (1.º de abril), e os colegas da jovem se reúnem na quadra esportiva da Instituição – local escolhido como “pista de provas”.

“O professor lançou esse desafio na primeira aula do ano. Foi uma grande surpresa, mas ficamos animados com a possibilidade de criar algo novo”, lembra Juliana. O professor, Nelson Ortiz da Silveira, explica que o objetivo do projeto, mesmo no início do curso, é o de “demonstrar aos alunos que Engenharia se aprende na prática”, sem abrir mão, obviamente, da teoria, que é a base de tudo.

As equipes projetaram dez carros a partir de uma ratoeira simples de alumínio fornecida pelo professor. A partir disso, tiveram que usar a criatividade e os primeiros conhecimentos adquiridos em sala de aula, além de pesquisas em grupo. Em comum, os carros utilizaram CDs como rodas (com quatro ou três peças), um pedaço retangular de madeira como chassi e uma antena telescópica de rádio ligada ao eixo por um arame ou fio.

São aproximadamente 21h30 e Juliana se prepara para testar, pela primeira vez em público, o seu projeto. Ela aguarda a contagem regressiva: 3, 2, 1... Os dedos da estudante liberam o carro e a ratoeira inicia o processo lento de abertura, pois o dispositivo de captura originalmente desenvolvido para prender pequenos roedores agora está preso a um fio, que, por sua vez, está enrolado ao eixo das rodas, semelhante a um carretel. O desenrolar da linha provoca o movimento do eixo, que faz girar as rodas e impulsiona o bólido até o outro lado da quadra de futsal. “Esse foi longe”, comenta um dos estudantes, que aguarda ansioso pela sua vez no grid de largada.

Ao final da aula, todos os projetos foram testados, mas não foi declarado um vencedor, pois o objetivo não era entregar medalhas, mas ensinar o “discernimento sobre os próprios erros e acertos”, lembra o professor Nelson. “É muito fácil dizer ao aluno que tal procedimento ou técnica não funciona, mas é diferente quando ele coloca em prática o conhecimento adquirido e percebe o que precisa ser ajustado. Acredito que isso vai prepará-lo melhor para o mercado de trabalho e trazer mais autoconfiança”, finaliza.

Confira imagens da aula prática na galeira de fotos abaixo.



Galeria de fotos






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